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#6 - QUEM SOU EU, HOJE?

  • Foto do escritor: Deixa Eu Pensar
    Deixa Eu Pensar
  • 17 de nov. de 2023
  • 3 min de leitura

Durante toda minha vida tive ânsia por entender, no sentido mais amplo da palavra, que se encaixa em qualquer contexto. Entender o motivo de uma ação, entender como um processo funciona, entender porque alguém pensa o que pensa e, claro, me entender.


A busca pelo conhecimento sempre me guiou e me instigou. Ser apresentado a novos conceitos me trazia, e ainda me traz, fascinação, principalmente quando estes são conceitos abstratos. Eu posso dizer que hoje, prefiro assuntos vagos, abertos a múltiplas interpretações e que podem ser adequados a diferentes circunstâncias.


O meu jeito de pensar sempre está em busca de padrões mais primordiais, ou seja, causas primeiras, que são origem, início, ponto de partida, muito antes do efeito ou consequência em si.


E talvez não seja à toa que eu tenha admirado e dedicado boa parte da minha carreira ao desenvolvimento de software, o trabalho de entender e “dialogar” através de linguagens de programação. Tudo é lógico e pode ser abstraído como conceito, assim como pensamentos.


E, por mais que eu não possa dizer o que veio primeiro, meu jeito de pensar ou a execução do pensamento através do trabalho que exercia, é claro para mim a complementação que um teve no outro a fim de extrapolar a barreira da carreira e consagrar essa admiração por conhecimentos e sabedoria em outros aspectos da minha vida.


Sinto verdadeiro orgulho quando consigo formular linhas de raciocínio lógicas; quando consigo enxergar o fio que leva alguém a pensar ou dizer algo; abstrair opiniões diversas em busca de padrões coerentes; ouvir o não dito; e levar a mente para um caminho novo, ao qual ainda não existe uma trilha tão percorrida.


Foi ficando cada vez mais claro pra mim, conforme lia e entendia ideias de pensadores antigos, que queria saber mais e a cada momento, até hoje, fui me transformando dentro desses novos antigos conhecimentos. Hoje, por exemplo, me considero mais flertante com Epicuro e Spinoza. Já tive Sócrates e Sartre em posições maiores desse pódio. E quem sabe quais serão os que mais me influenciarão no futuro?


Porém, apesar de ser verdadeiramente apaixonado pelo novo caminho que estou trilhando e estar ciente de que o ego prevalece nessa relação interna, venho descobrindo nos últimos anos o prazer de fazer outras pessoas conseguirem expandir seus relacionamentos com o senso crítico, opiniões e crenças.


É realmente satisfatório poder presenciar a evolução de outras pessoas e, a participação nesse processo se mostra como a de completude. É um sentimento sem igual, de orgulho, compaixão, competência, admiração, um mix de sensações empáticas com egocêntricas.


O que leva ao óbvio questionamento: Quando transmito ideias estou sendo levado mais pela satisfação pessoal ou pela solidariedade do ensino?


Não busco, necessariamente, uma reflexão moral que leve a um entendimento de grandezas refletidas na nobreza do ato de ensinar. Busco entendimento pessoal sobre o POR QUÊ ensinar, sem julgamento. Pois uma vez que esse entendimento se consolidar, será mais fácil, ao menos para mim, definir O QUÊ e COMO ensinar.

Eu tenho algo a dizer? Ou apenas penso em algum tipo de sucesso?

Tenho algo a ensinar? Ou busco validação?

Querem me ouvir? Ou quero que me ouçam?


Seja qual for a resposta para todas essas questões, apenas consigo dizer, hoje, que a filosofia é o caminho. E sei que consigo abstraí-la para que se torne um padrão que poderá ser transmitido para outras pessoas e que as farão enxergar o mundo de um jeito um pouco diferente do convencional.

 

Deixa Eu Pensar | #6 - Quem Sou Eu, Hoje?

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